quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

lema para fora


atentando o entretanto 
que sorve o tema
diluí a âncora em enfeites de prateleira
do lado de fora do lema
folclóricas cenas suportam
cada qual
em seu braço de mar
levemente indiferente ao luar
digerem a anuência

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

só na ginga


eu que nunca pisei numa avenida
aprendi a sambar na vida
com o meu coração
minha alma já serviu de alegoria
ficou fora de sintonia
com as batidas em outra estação
hoje já não tenho mais fantasia
deixei de lado a magia
gingo na ilusão

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

sem ima gin ação

                       ,                
                                    .
"           "          :
       ,                             ,
                                     !

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

completamente

descalço
meus sentimentos à flor da pele
refletem no que percebo 
mas nada reiteram
o que sentem
à vontade até apareço
sem esconder meus cantos
meus desejos 
se encontram
completamente

afora guarda

o vazio preenche na hora de patir
muita coisa na memória
sabe que a noite será longa
emplaca seu rumo afora 
deleita-se em sua própria sombra
aos traços de um plano falível
que nada dita agora
a ausência dos momentos
tomou sua conta

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

delícias sem igual

delicadezas são fortes arbítrios
deixam nenhum resquício
relutantes no pacote invisível
ainda completam o requisito
da contra mão ouvem o sino
na solitária paz da quietude
pondo ao hábito semi oval
pendurado atrás do mural
tecer em ponto cruz 
o caos organizacional
criando regras embebidas
em delícias sem igual

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

nevoeiro

devaneio sem saída
conta pontos sem partida
esquece o rumo
ensaia na deriva
de nó em nó
ratifica

claro que eu sei

é claro que eu sei
tanto que nem resisto
invade o meu peito
arranca do meu silêncio
suspiros


domingo, 4 de dezembro de 2011

essencial

alguns trechos sigo rotina
sem deixar pra depois
ficou um pedaço meu aqui
levo o que sobra
sem olhar para traz
ainda sinto seu cheiro
a essência
que trago
traz meus sentimentos
que nunca abandono
de nenhum jeito

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

pensando na chuva

o sol e as nuvens pareciam se importar
não poderia haver um dia mais lindo
empacotado em pára-choques de diversas cores
ainda não consigo esconder o meu sorriso
perdi a minha pressa
a sincronia dos relógios
naquele momento
aumenta o tráfego
restando um tanto de tarde
nada realmente afasta
a sensação de tudo ganhando sentido
chegando a noite
oito e pouquinho
começa a chover
vou curtir a chuva
pensando em voce