terça-feira, 29 de novembro de 2011

minha amarra

ingenuidade minha
estava escrito nas entrelinhas
parei em vários sinais vermelhos
dando tempo ao tempo
e nada
sei o sentido
só eu me espanto 
estou renovado
marcas não escondo
sem muitos conceitos  
ainda percebo
confissões me concedo
nada reflete melhor
o que sinto
harmoniza o que vivo
fica mais nítido
a vida mais clara se
a felicidade me permitir
tramarei sempre amar
minhas amarras
em sua palavra

terça-feira, 22 de novembro de 2011

intensa paisagem

sabia do som que fazia
atravessou as paredes da casa
aumentou a intensidadade
se doou de verdade
recordando cada passagem
fez da melodia
uma mensagem

meu instinto te interfere

o que desperta em mim
o instinto que reflete
o mais puro desejo
312 anos após o encarceramento
o instinto interfere
denaveio como um ilustre
não sinto que tenha encontrado meu ajuste
perfeito

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

mira de cor

linhas paralelas
na beira do cais
tudo tudo
nos leva e nos traz
tudo segue o rumo
amplifico o barulho
rimo minha mira de cor

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

palavra de fora

perdi umas palavras
mas ganhei o dia
nada que mude a sentença
sucinto
prevejo nada além rotina
destroçando sílabas sem vírgulas
somando letras
em estado de ampulhetas
aos tratos
cada palavra tem começo
tem um meio e tem seu fim
em algum momento
algo ignora
a frase que se forma 
nítida e clara
pode sim
clarear nada
onde nada importa