domingo, 30 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

arremesso certeiro

sem sombra
sem cheiro
sem certezas anseio
pasmo
atropelei à mim mesmo
deixei meu corpo invisível
largado
sem medo
imaculado por minha ludibries
ao invés de correr
no meio do caminho fiquei
cantarolando o tristango
repelindo o refrão
quando do nada
a pancada vem da contramão
em cheio
o arremesso certeiro
me cobra a dobra
e quando caio me esfola
cimento em tempo
sem medo da retórica
reconheço meu erro
e recomeço

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

balde de água morna

antagonistas
antas egoístas
a manchete e a notícia
são o fato e a preguiça
o bem e o mal
não convencem mais ninguém
parece pálido
parece falho
padece frágil
convenientemente ágil
à fachada que lhe convém
só se cala frente ao tempo
que crava
sem ressalvas