sexta-feira, 28 de outubro de 2011

por hora

cruzei tanta coisa no caminho até aqui
afundado em minha perplexidade contínua
senti na pele o que realmente me arrepia
instiga saber a razão mas nem insisto
por hora vale mais seu sorriso

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

turva-feira

uma turma turva esta atentando na matriz
atenuante ao relapso de um conjunto
astúcias por hora arquivadas feito túmulos
de besteira em besteira reiteram
nada batido passa nesse clima de feira
a parte sucinta ainda se desdobra no sossêgo
mal enxerga o galho de onde olha
na província o estatuto estima a hora certa
o importante nesta companhia esta apenas no fim

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

alerta

desencantando migalhas
que aos poucos se espalham
diluindo ao relento
perdendo peso
esfarelando sua forma
revida sem tempo
agride o marasmo
estravazando detritos

o fato toca na radiola
a letra não é boato
repentino súbito
a falta de noção relato
parte em disparate
coadjuvante ação enfim desperta
acaba o som ininterrupto
revida o alerta

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

a cova da fossa

virando e revirando
curvas e linhas
acentos e pontos
sem pensar em folga
em meio a tantos escombros
mal pode exergar a cara
ainda não tirou a poeira do corpo
precisa saber o que tem no fundo do poço
caiu numa arapuca muito grande
e a carapuça não serviu
então decide
antes de voltar a tona
cavará uma cova
pra colocar a fossa