terça-feira, 30 de agosto de 2011

casinha abandonada

há uma casinha na beira da estrada
não tem ninguém
ninguém mora lá
os carros passam levantando poeira
não dá mais pra ver o que tem por trás do vitral
naquela casinha abandonada
na beira da estrada o mato caminha por sua calçada
suas cores todas agora parecem palha
e aí o tempo corroe sua fachada

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

pasto di uispers

este realmente
lugar interessante
mesmo mudo para muitos
ouve o silêncio
contempla quieto
conivente conveniente
também não faz
barulho algum
em curso

terça-feira, 9 de agosto de 2011

pra encher o vazio

agora ando com os punhos fechados
muito próximo ao papel insensato
não enxergo mais nenhum sobressalto
enquanto descarto meu sossego de aluguel
o quanto aguentar é o que vale pontos
nada que nunca te tenha efeito
mesmo que nunca perceba
passou o tempo
tremendo o esforço para encher o vazio

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

nenhuma pressa nem interesse

ficou um tempo quieto
parado
olhando para o nada
sem mexer uma palha
em vão