quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

no espaço

em uma distância estimada em milhares de quilômetros
não foi exatamente fácil chegar até aqui
lembro que enquanto percorri minha jornada
nunca imaginei sobreviver assim
aos poucos se adaptando ao improvável
como sementes de abóbora secas ao sol na janela
sinto que o tempo esta mudando
e a chuva vem chegando
em seguida a uma rajada de vento
o primeiro pingo da série me acerta no meio da testa
um sinal proveniente do céu
tirando todo peso das minhas costas
me misturo então aos desenhos que se formam
nas gotas que caem ao meu redor na calçada

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

não é não

não são apenas folhas secas ao chão
não temos nada realmente certo na mão
não falta somente solução
não é à toa que se acerta o pão

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ludibriado

pensei em deixar de canto na prosa a tristeza
mas não fui capaz de me iludir
é a beleza da vida que surge ao nosso redor
que ludibria toda minha dor