domingo, 25 de outubro de 2009

passado I

Meu passado me condena
Sem decepções e sem réplicas
Estive nas minhas palavras
A presença abstrata
Nos atos não
Entre linhas calço os sapatos
Pretendo correr nesta direção
Os afazeres prestam solução
Quanto mais rápido
Passar neste trecho
Mais bela fica a paisagem

passado II

Meu passado me condena
Onde estive com a cabeça
Que ao dever de minhas palavras
A presença abstrata
Segundas intenções em maus tratos
Auto-sabotagem em contento
Atos são fatos quando não desconheço
Nada em vão estivesse fora entre linhas
No cumprimento à risca

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

sentidos opostos

pode não ter significado mesmo
não diz nada
coincidências existem sim
ironicamente
o friu na barriga
surge na vista
deve ser apenas uma corrente de ar que passa
justo agora
a sensação de algo não dito
aquela segunda xícara de café insolúvel
sem perder tempo
uma imagem ficou
uma viagem que não acaba
nestas esquinas da vida
o sol acaba de encontrar uma brecha